O sabor da
liberdade começou no colo da minha mãe, há 41 anos. Na imagem que guardo numa
fotografia envelhecida pelo tempo, mas tão presente em mim. Mão esquerda e cravo
vermelho orgulhosamente erguidos.
O sabor da
liberdade começou na voz revolucionária e optimista do meu pai, há 41 anos. Nas
certezas e convicções inabaláveis que me inspiraram sempre e para sempre. No
sentido de pertença e de amor a um país, mesmo quando se conjuga o verbo partir.
No mundo que nos acrescentaram pelo exemplo de luta, de sonho e de fazer acontecer.
Na verticalidade dos princípios e na esperança que existe sempre em cada uma de
nós. Neste acreditar firme e constante de que somos capazes, tão capazes, de
mudar o mundo. Sempre que nos consigamos mudar a nós mesmos.
*[obrigada mãe e
pai pela minha querida liberdade]