Baralhar e voltar a dar. Saber
que a sorte dá trabalho a conquistar, que exige paciência, muita paciência,
muita resiliência e um exercício diário de gratidão por parte de quem a sabe
certa para quem a merece ter.
Por isso, quando os dias não
começam da melhor forma, quando as coisas não correm como gostaríamos, quando
lamentamos o arrastar de uma decisão há muito tomada (dentro de nós), quando
sentimos que o estado de espírito que teimamos em contrariar, condiz com o
tempo cinzento que parece ter vindo para ficar, há poucas coisas que libertam
desta espécie de arrastão emocional: o nosso núcleo duro dos afectos, aquele que
está sempre lá para nós, e o sucesso das pessoas de quem gostamos muito.
Porque receber boas notícias em forma de abraço, saber da mudança da vida de
alguém, é o que faz acelerar o coração, iluminar o olhar, sentir o sol mais
quente, aquele renovar da vontade de fazer acontecer. E tudo o resto
desaparece, tudo o mais perde importância. Voltamos a relativizar o que
tirou o sono e uma parte da boa disposição, voltamos a perceber que é este o
caminho certo, voltamos a sentir gratidão por a vida continuar a ser tão
generosa e pôr no nosso caminho, no dia e hora certos, as pessoas que fazem a
diferença.
* e devolve-te o equilíbrio.
» créditos imagem | mountain lauriel