sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A quem ainda se espanta

Tem sido um privilégio poder acordar cedo e namorar um céu cheio de cores. Tem sido uma sorte poder encontrar neste Verão de São Martinho antecipado a renovação do espanto que gosto de manter pela vida, pela surpresa dos dias, pelo que de melhor há-de vir. Aproveitar a luz de cada manhã, registar e guardar todos os bocadinhos de um céu perfeito que os meus olhos e o meu coração se alegram de poder ver e viver, expirar tudo o que de menos bom anda cá dentro, deixar ir e, depois, inspirar todo o entusiasmo de um novo começo, do princípio de uma nova esperança, deste acreditar no poder transformador das coisas pequeninas e de saber agradecer este sentir de espanto, tão fresco. Espanto. Pela vida e o que ela me dá, pelas pessoas que me inspiram porque não deixam de se reinventar, por ir mantendo certa e segura a definição do meu verbo ser. 
Espanto. Às vezes é tão simples perceber tudo o que preciso, tudo o que me basta.

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