quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Para (bem) emagrecer, confiar*

Não corro, ando. E há umas boas semanas que é assim, sem poder abusar. Líquido num joelho, articulações com problemas, ordem para caminhadas muito ligeiras e sempre com pausas. Uns ténis muito confortáveis (não funciona de outra forma), a postura sempre a ser corrigida, a música certa, o percurso verde e azul, e a vontade de dar a volta «a isto» a ser maior do que todo o medo que senti até chegarem os resultados dos exames.
Habituei-me a andar a um passo mais rápido. Uma espécie de «trote», como dizem os meus queridos amigos brasileiros. E gosto, faço muitos quilómetros a andar (nada que se compare à corrida), e sinto a cabeça organizada, arejada, limpa a cada caminhada que faço. Juntei o Sal às caminhadas da manhã e algumas do final do dia (às vezes vamos todos juntos e o passo é mais lento, mas sabe-me pela vida ter a companhia, as conversas e o riso deles).
Há um bom par de anos, era a corrida a minha paixão. Empatada com as aulas de body attack. Hoje são as caminhadas e as aulas de pilates e yoga.
É cliché, mas é verdade: a vida muda-nos. Troca-nos as voltas. Nem sempre (quase arrisco aqui um nunca) nos deixa voltar ao ponto de partida. E acaba sempre (sempre) por nos mostrar que tem razão. E que os novos caminhos (pessoas/objectivos/sonhos) são para explorar/aceitar. Sem medo. Apenas com a curiosidade e a paixão que devem comandar a vida. E a confiança de que *tudo acontece por uma (boa) razão.

» créditos imagem (maravilhosa!) | the noisy plume