Tivemos muita sorte com os dias. Apanhámos sempre sol, calor bom, mar na temperatura certa, areais quase desertos, zero filas para jantar, almoçar, petiscar, fazer compras. Tivemos miúdos felizes, dias cheios, um cansaço bom.
Os dias dos Alpes em Lisboa estão a chegar ao fim e eu esforço-me para que a tristeza da despedida, do até já (até ao Natal), dos abraços muito apertados que deixam sempre um nó na garganta, não traiam a minha memória dos dias que foram, até agora, os melhores do ano. A família, a minha família, é o centro do meu mundo, da minha lista de prioridades, o meu norte e o meu sul, tudo o que me move.
Sei que daqui a umas horas os suspiros, o olhar marejado, o aperto no peito, vão tomar conta de mim. Até lá, serão estes dias maiores a lembrar-me como é bom, sempre, sempre bom, estarmos todos juntos.
