quarta-feira, 19 de março de 2014

Bom dia, Vida!

É bom poder preguiçar um bocadinho além das habituais seis, sete da manhã. Acordar com um sol lindo, num cenário verde e azul, de amor e de paz. Poder tirar este tempo para nós, alinhar pensamentos, repor energias, abraçar, agradecer por tanto. Saborear um bom pequeno-almoço, cheio de vitaminas, coisas boas e do bem, olhar para a agenda dos dias maiores, azuis, mais a sul e ter a certeza absoluta que este regresso à velocidade dos dias, às rotinas e à distância que nos separa deste imenso azul, vai correr ainda melhor.
Das muitas conversas que tivemos nestes dias de pausa, neste tempo de recolha e de conjugar o verbo ser na primeira pessoa do plural, há uma, entre tantas outras que ficam gravadas no lado esquerdo do meu peito, que levo comigo: para quem se habituou a fazer o que tem de ser feito, a ousar descobrir entre tentativas e erros o equilíbrio, a usar da resiliência como a arma de quem sabe esperar pelo resultado das suas lutas, esta pausa, pequena e ainda assim imensa, que a vida nos ofereceu dá espaço para repetir de forma sentida e segura a nossa gratidão por tudo aquilo que somos. Juntos. De forças somadas e certezas vincadas. Gratidão por tudo o que nos dão e por tanto que nos fez chegar até aqui. 
Tudo o mais é apenas a vida como ela é: imperfeita. Igual para todos. Desafiante, às vezes acutilante, às vezes irónica, às vezes sarcástica, tantas vezes implacável. Igual para todos. De todos exige o mesmo: a capacidade de reinvenção quando a roda da felicidade deixa de fazer sentido. Quando é tempo de dar um passo em frente, ao lado ou atrás. Quando é tempo de mudar. De mudar mesmo. Sem medo. Ou com medo, e coragem e fé.
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créditos imagens (blog e FB) | the french fries