sábado, 8 de fevereiro de 2014

Márcia

A Márcia entrou na minha vida como uma delicada lufada de ar fresco. Pela mão (e o bom gosto) do meu amor. Foi paixão ao primeiro acorde, passou a amor, guardado com ternura no coração desde os tempos do álbum "Dá". 
Quis o destino que os nossos caminhos (ao vivo e a cores) se cruzassem através dos nossos amores maiores: os nossos filhos e a mesma creche. Num dia banal de chuva, de trânsito caótico em Lisboa, de correria para ir buscar os miúdos à creche, partilhámos um táxi, descobrimos que éramos vizinhas, disse-lhe (com timidez, mas tanto orgulho) o quanto gosto da música dela e como me faz bem, mesmo bem. Como disse ontem o Jorge Cruz, a Márcia faz magia com a voz. Faz mesmo.
Guardei-a ainda mais perto de mim, como se guarda um tesouro. Fiquei a gostar ainda mais dela, da simplicidade, do sorriso aberto, da ternura no olhar pousado na sua linda bebé, do jeito querido, da forma rápida com que nos toca no coração. Deliciosa Márcia.
Quando há dias recebemos o convite (mil vezes obrigada, minha adorada Joana!) para a poder ouvir outra vez, abraçá-la outra vez, sentir a mesma energia boa que nasce na voz linda da Márcia (e no talento dos seus magníficos músicos), de poder estar um bocadinho mais perto de quem muito gostamos, foi o sentir que aquela lufada de ar fresco, doce e melodiosa, ia entrar mais uma vez no meu peito, no meu coração e ficar. E ficar.
» Ontem trouxe (mais) esta música gravada na pele. É tão perfeita.
"Delicado