domingo, 12 de janeiro de 2014

Dia de recuperar

Recuperar de uma semana que me fez perder mais do que umas boas noites de sono. Uma semana que me fez perder algumas ilusões e que me chamou à razão (e à terra) em relação a pessoas, projectos e ambições. Nem sempre as grandes mudanças na nossa vida são precedidas de caos, algumas são só (!) precedidas de desilusão, sinal de que ainda nos iludimos, de que ainda nos apegamos, de que ainda (e acho que sempre) confiamos, de peito aberto, nos outros. E às vezes mandamos calar a intuição quando ela grita, dá sinais que não, não é por ali, não é com aquela(s) pessoa(s), não é assim, está tudo mal. A vaidade. A vaidade é tramada. E o ego, o nosso ego, também.
Amanhã é outro dia. Renovação é palavra de ordem. Fechar um ciclo, começar o outro e esperar que este começo de ano (quase à semelhança de 2013) tenha sido só uma tentativa de imitação do passado - ou o que, ciclicamente, permitimos que nos aconteça... mas isso fica para outras análises.
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Guardo, da minha querida Maria, um ensinamento que encaixa sempre nas maiores desilusões da vida:

"Sabes, querida, quando decidimos perdoar ou desculpar, como queiras, alguém que nos fez mal ou não soube estar a altura das expectativas que nela depositamos isso não quer dizer que toda a mágoa se vai embora naquele instante. Não. Significa tão só que chegou a tua hora de partir em busca de algo melhor do que aquilo que te prendeu. O resto, o resto deixa para o tempo que o tempo resolve."