Vou tomando notas no meu caderno "dos milagres pessoais" - como diz um dos meus livros favoritos, todas as vezes que disse não e todas as outras em que o devia ter feito, de todas as lufadas de ar fresco que senti quando arrisquei sair do sofá, do conforto, da rotina. Todas as vezes que voltei a tomar as rédeas da minha vida e todas em que senti o gozo incomparável de arriscar e, no fim, correr bem. Ou menos bem. Não importa, arrisquei. Confiei, acreditei, arrisquei. Fiz. Tentei. Fiz e tentei mais e melhor. Tropecei algumas vezes, caí tantas outras, numas tive ajuda para me levantar, noutras quis fazê-lo sozinha, mas nunca estive sozinha. Sou grata por isso, e sou grata a tantas pessoas.
Não tive e não tenho a ilusão de ser feliz todos os dias, a todas as horas, permanentemente. Mas tenho a vontade, o desejo e a força de querer tornar os meus dias sempre mais solarengos, sempre mais luminosos, sempre mais bonitos. Nem sempre consigo, mas tento.
Quando está prestes a chegar um novo ano, um novo recomeço, há na agenda (nova) uma pequena lista de resoluções que quero trazer sempre por perto. Umas são a confirmação de tudo o que faz parte da minha essência, outras uma verdadeira revolução por comparação com o ano que está prestes a terminar.