domingo, 24 de novembro de 2013

Voltar a casa*






*A 26 dias de chegar já só penso no conforto inigualável (e inabalável) daqueles abraços que são o melhor porto de abrigo da minha vida. Neste sítio-amor a que posso voltar sempre, e onde sinto que nunca fui embora, adivinho-lhes os sorrisos e os abraços apertados, a força do “bem-vinda minha filha”, repetida sempre no mesmo tom pelo meu pai, as lágrimas da minha mãe e as mãos que seguram as minhas e que  têm o melhor cheiro do mundo, cheiram a mãe. Sei que terão à minha espera todas as coisas boas que gosto e que só a minha mãe faz como ninguém, todos os mimos, todas as atenções, todos os detalhes, como se me quisessem compensar por tudo o que não partilhamos o ano inteiro.
Sei que farão destes dias uma festa e que olharão para o calendário com vontade que o tempo pare e que possamos ficar mais um dia, mais dois, sempre.
Tento dar-lhes o melhor de mim, compensar a ausência, as falhas que tantas vezes me fazem chorar, dar-lhes um bocadinho do ano inteiro e procuro encher o peito de ar com a força da família que a vida fez o favor de me dar e pela qual agradeço todos os dias.
Esta é uma saudade que nunca acaba e que mais ninguém preenche.
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