sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Equilíbrio


As manhãs que começam sem os meus rapazes não são a mesma coisa. Fico sempre com a sensação que me esqueci de alguma coisa, que me falta alguma coisa e que o dia não começou bem. E não, não começa tão bem, porque a rotina dos dias em que tenho de sair de casa de noite (nem me digam nada) torna os meus dias menos leves, menos preenchidos. Bom, na verdade são mais preenchidos, de trabalho, de muitas horas, das reuniões que começam cedo, cedo, dos muitos quilómetros, dos números que me ensandecem, das dores de cabeça que me perseguem e das mil coisas para pensar e decidir. Não é nenhum drama, longe disso. Sou imensamente grata a esta oportunidade de sonho que a vida guardou para mim no momento certo. Muito, muito grata. Mas como todo o ser humano (e todas as mães que conheço), adorava conciliar de forma mais equilibrada este tempo dividido entre trabalho e afectos. Faz-me falta, faz-me muita, muita falta este equilíbrio. 

E fazem-me falta as manhãs em que acordamos todos juntos, em que temos tempo para mimo, para pequeno-almoço, para o café no mesmo sítio de sempre, para sair de mãos dadas com o meu amor-pequenino e para conversarmos sobre as coisas boas do dia que temos pela frente. Faz-me falta o sorriso aberto que me acompanha nesses dias e as horas que passam muito mais rápido quando a vida permite estes pequenos momentos felizes.