ontem, quando cheguei a casa, já dormia. dei-lhe muitos beijinhos nas bochechas fofas e quentinhas, enrosquei-me uns minutos com ele e deixei-o ficar na nossa cama. fui jantar, preparar as minhas coisas todas e no regresso à cama, para as três horas de descanso que me esperavam, soube-me bem ter ali aquele colinho tão bom. o pai fica ciumento, prometo-lhe que estes desvios à regra são pontuais e uma forma de compensar os dias que passo menos tempo com ele. daqui até ao Natal vamos ter muitos mais dias destes, quando chego ele já dorme, quando saio ainda é noite cerrada.
claro que nesta fase de transição há dias em que passamos um bom par de horas juntos, ou eu e ele ou o pai e ele. e sei que estas semanas têm sido óptimas (neste sentido) para os três.
sei também que a melhor parte do meu dia continua a chamar-se Martim. e hoje, na forma de um pequeno índio com a cara toda pintada de preto, carregado de pó de andar a "ajudar" o pai e os manos nas mudanças, com os olhos mais brilhantes e felizes do mundo a correr para mim num abraço que aquece o peito, foi, como sempre, a peça chave que faltava para o meu dia bater certo. para tudo bater certo. para o sentido das coisas continuar a ser o que me faz acordar e adormecer todos os dias com a mesma motivação, energia e vontade de ser feliz. ♥