Engolir o pequeno-almoço à pressa e com um filho em modo lapa no meu colo e a gritar aos ouvidos como se o estivessem a matar "nãoooooooooooooooooooooooo mamãaaaaaaaaaaaaaaaa, não váaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas". Sair a correr e apanhar trânsito onde nunca há. Hoje havia. Pensar em deixar o carro no parque onde seria mais rápido para estacionar. Ficar meia hora parada na rampa que dá acesso ao parque porque a Via Verde avariou. Porreiro. Sair a correr do parque (com meia hora de atraso e pessoas à espera) escorregar (tão bom, chegou a chuva! - reviro os olhos vinte vezes) não cair mas perder a capa da bota (acabadas de sair do sapateiro, muito bem colocadas, portanto). Ter a ideia peregrina de estrear o meu novo gloss hidratante (da minha Rituals) neste lindo dia de ciclones. Passar o tempo todo de cabelos colados à boca. Lindo.
Correr novamente para casa, sete horas depois de ter começado o dia, e parece que já passaram umas 12. Substituir o pai, que está em stress com a febre do Martim, com o meu atraso e com o meu tom acelerado, irritado e histérico (tenho dias).
[...] Respiro fundo. O Martim faz a maior festa do mundo quando me vê. Mesmo a arder em febre, mesmo com uma tosse horrível que nos roubou o sossego da noite. Mesmo assim, sempre assim.
O mundo continua a girar no sentido certo. Siga a vida.