Ontem saímos só os dois. Temos planos que queremos guardar só para nós. Ainda não é o momento de os partilhar com os miúdos, ainda não temos tudo definido e contar isto a meio (que nem a meio vai) só lhes iria causar confusão e, nesta fase, insegurança. Não queremos.
Saímos só os dois. De mãos dadas, como dois namorados que somos e que queremos ser sempre. Num dia de Outono que lembra outros dias felizes. Tomámos o pequeno-almoço que gostamos, no sítio que gostamos, sem interrupções, birras ou amuos. Só nós dois, os nossos planos e as nossas conversas. Um jornal lido com calma, uma revista lida de uma ponta à outra. Sossego.
Corremos as lojas que queríamos, vimos tudo o que precisávamos, marcámos as datas, fizemos contas, e mais contas e mais contas, respirámos fundo, voltámos ao planeamento, aos nossos segredos e às coisas que queremos manter assim (somos novamente adolescentes e é tão bom!), reorganizamos a parte que cada um tem de fazer para que isto tudo dê certo e voltámos para casa.
Uma manhã que soube a tempo, espaço, ar e a <era uma vez>, no início de tudo.
Uma manhã que soube a tempo, espaço, ar e a <era uma vez>, no início de tudo.
