Depois também chegam
estes dias, em que soltamos amarras e, apesar do friozinho na barriga, mais do
que normal e expectável de se sentir quando se volta a arriscar tudo,
respiramos fundo por atingir, por fim, aquela inigualável sensação de
liberdade.
São estes os dias
especiais. Dias de mais. Mais amor, mais mimo, mais paciência (há dias em que
escasseia), de olhares cúmplices e mãos dadas, de mais abraços aqui e
ali, porque sim e porque nos apetece ainda mais hoje, de mais sorrisos que só
nós entendemos, de mais torradas com compota de framboesas que
dividimos, de tabuleiro no colo e o pequeno-almoço na cama, margaridas que
enfeitam o meu sorriso, de viver [mais] a sonhar, e sonhar [mais] para
viver, de saber que está quase, que [como na letra da música] tudo é para sempre e que este sempre é exactamente o que
um dia pensámos que iria ser. Ainda antes de tudo, ainda antes de nos
cruzarmos e de cruzarmos as nossas vidas e de imaginarmos que tudo o que um
dia desejámos seria assim, exactamente como é: sem sinal de perfeição
e ainda assim o melhor que temos na vida. ♥