domingo, 28 de julho de 2013

Soltar amarras


Depois também chegam estes dias, em que soltamos amarras e, apesar do friozinho na barriga, mais do que normal e expectável de se sentir quando se volta a arriscar tudo, respiramos fundo por atingir, por fim, aquela inigualável sensação de liberdade.

São estes os dias especiais. Dias de mais. Mais amor, mais mimo, mais paciência (há dias em que escasseia), de olhares cúmplices e mãos dadas, de mais abraços aqui e ali, porque sim e porque nos apetece ainda mais hoje, de mais sorrisos que só nós entendemos, de mais torradas com compota de framboesas que dividimos, de tabuleiro no colo e o pequeno-almoço na cama, margaridas que enfeitam o meu sorriso, de viver [mais] a sonhar, e sonhar [mais] para viver, de saber que está quase, que [como na letra da música] tudo é para sempre e que este sempre é exactamente o que um dia pensámos que iria ser. Ainda antes de tudo, ainda antes de nos cruzarmos e de cruzarmos as nossas vidas e de imaginarmos que tudo o que um dia desejámos seria assim, exactamente como é: sem sinal de perfeição e ainda assim o melhor que temos na vida.