quarta-feira, 3 de julho de 2013

Os Alpes em Lisboa - #3

Misturar as férias deles com o meu trabalho tem sido a loucura e um verdadeiro teste às minhas já muito longínquas aulas de ginástica acrobática. Tenho trabalhado as manhãs e os serões todos. Quando finalmente eles se rendem ao cansaço da praia, dos passeios, dos jantares e da galhofa e recuperam energias para o dia seguinte eu começo o segundo turno. 
A semana passada tinha mesmo de trabalhar e esta tinha o início da semana cheio de coaching e muitas coisas com prazo para entrega, propostas e projectos novos para o nosso querido Ties (Setembro vem cheio de novidades!). 
Pedi dois dias para poder estar com eles a tempo inteiro. Para matar saudades a sério, para saborear mimos e abraços, silêncios e gargalhadas, sol, praia, leveza de espírito, as pequenas grandes coisas da vida.
O Martim anda doido de alegria com tanta gente em casa. Corre atrás dos primos, ri, salta, pula, fala pelos cotovelos, chama-os para tudo e apesar de ser um índio da meia praia para o meu adorado e tão doce sobrinho Quico, só fala nele e só o quer a ele. 
E no meio deste conforto bom que é tê-los por cá dou por mim tantas vezes a pensar na sorte que era ouvi-los no Domingo dizerem que não vão, que ficam por cá, ao meu lado, ao nosso lado, bem pertinho,  todos juntos sempre, como sempre e como devia ser sempre.
Família não rima com distância, com saudades, com tristeza. Família rima com dias felizes, com cor, com amor e com abraços. Sempre. Mesmo quando nos zangamos e achamos que somos a família mais imperfeita do mundo. E somos. Somos mesmo. E depois?
Somos a nossa família, esta que não escolhemos mas que não trocávamos por nenhuma outra no mundo.