A chucha rasgou-se. Mini-tufão ficou estarrecido a olhar para ela. Olhava para nós, olhava para a chucha e esteve assim um minuto ou dois. Nem uma palavra.
Encolheu os ombros, foi até à cozinha, abriu o caixote e atirou com a velha amiga, a última de todas, a mais resistente (a melhor, da NUK) para o espaço. Voltou para a sala. "Agora não há chucha, mamã". (voltámos ao mamã há umas semanas)
Continuou a vida dele. Isto foi ontem, de manhã. Foi para a creche, passou o dia como sempre, entre brincadeiras, histórias, mimos da Rita, conversas e jogos com os amigos, voltou.
Assim que me viu repetiu a frase da manhã "agora não há chucha, mamã". Acho que vi um beicinho, mas não dei ao flanco.
À noite, hora de ir dormir. O Pai, a história, mais outra história, onde anda o sono, não quero dormir, entro na baila e trago-o para o meu colo. Mais uma história qualquer que invento, de uns meninos que também não tinham chucha. Vejo um beicinho e outro e outro. Adormece, exausto, sem choro, nem birra. Só o beicinho que me comove.
Manhã, eu já acordada há muito, chama por mim, chora, quer a chucha, não se lembra de a ter deitado fora. Chora mais e mais. Entra a estratégia sos: grande colo, mega abraço e olha quem veio acordar o Martim?
[obrigada Benetton pela t'shirt mais gira do mundo (diz o Martim) e obrigada Capitão América por teres conseguido o maior sorriso do dia deste teu pequeno grande fã.
um beijo, aos dois, desta mãe que não sendo fã de super-heróis, ficção e bonecadas, sabe o quão felizes eles são com coisas tão simples como estas. e, na verdade, só se é criança uma vez na vida e só se adora e acredita em super-heróis com esta intensidade e esta fascinação numa idade como a do Martim. quero acreditar que sim...]