O Martim dorme, vencido pelo sono e pela febre. Resistiu até onde conseguiu (e até onde nós deixámos) e repetiu até ao infinito o que já interiorizou como uma verdade "é de dia, mããããe!! não é para dumir, é para brincar!!".
Aterrou ao primeiro mimo, encostado ao colo que não prescindo de lhe dar. O pai faz-lhe companhia, com o seu novo livro. Vai adormecer, claro.
A mana pinta de mil cores desenhos que quer dar ao Martim. Adora-o, adoram-se e juntos são o cenário mais ternurento do mundo.
O mano "Rodido" estuda e suspira fundo, bem fundo, consigo ouvi-lo na sala de estar. Está cansado dos livros, da exigência de um ano difícil e de muitas horas passadas naquela sala que conhece de cor. Mas mostra-se consciente e confiante (quero acreditar) que é pelo melhor, pelo seu melhor e por tudo o que os livros e o seu esforço lhe podem trazer.
Eu, andei de volta das minhas lides caseiras, a organizar tudo para a semana curta que começa amanhã, para me conseguir revezar com o pai e tomarmos conta da febre do Martim à vez. Tenho pela frente dois dias intensos de reuniões - quando pensava que o país estaria todo parado por causa dos feriados, recebo todas as respostas que esperava. Ainda bem. Ainda bem mesmo.
No meu tempo pessoal, fora do horário que dedico ao meu querido Ties, ainda tenho dois projectos para mimar e cuidar: a formação e os primeiros workshops da 9.life&training e a consultoria deste blogue que, em breve (fingers crossed!), me trará o retorno de muitos meses de dedicação.
Lá diz o ditado que quem corre por gosto não cansa. E é mesmo verdade. Quando o que se faz é feito com o coração.
