quinta-feira, 30 de maio de 2013

Temos dias

De melancolia, de aperto no peito e de uma angústia que esforço-me por afastar e chamar de paranóica. Mas, de verdade, acho que não é. E que faz parte. 
Faz parte desta correria dos dias, da falta de tempo de que todos nos queixamos (porque enfiamos 637 tarefas no mesmo dia, eu incluída) e de querer conciliar em modo "a magnânima perfeição" o trabalho, a casa, os filhos, o marido, os amigos, o tempo pessoal, os projectos pessoais, os planos, os estudos... Não dá para ser perfeito. Não dá mesmo. Aliás, dá, para a Super Mulher e o Super Homem. E nós (todos) conseguimos ser muitas vezes, em muitas circunstâncias em que a vida nos põe à prova, umas verdadeiras super mulheres e uns fabulosos super homens. Mas ninguém é herói de ficção. Muito menos todos os dias ou  vários dias seguidos. Não dá para ser. E querer ser é uma ilusão e é viver os dias em constante ansiedade. Não é viver. Não é aproveitar. Não é respirar.
A verdade é que a superação requer esforço e sacrifício e eu não conheço outro atalho que não este: muito trabalho, dedicação e persistência. 
Mas muita calma nessa hora, como dizem os meus amigos brasileiros. Às vezes chegamos lá mais rápido se diminuirmos a velocidade. E este é um exercício de vida que se treina. E se deve treinar todos os dias.
Foco no essencial é o meu lema para os próximos dias. E mais ar puro. E umas corridas logo de manhã, quando a cidade ainda dorme, a respirar ar frio,  ver o sol nascer, entregar-me à música e aos pensamentos que se vão alinhando com a passada forte e certa. 
Preciso muito desse boost de energia. De amanhã não passa este regresso à rotina que me faz tão bem.