domingo, 22 de julho de 2012

Trocar a praia pela cidade

Eu fico logo desconfiada quando este sinal aparece. Dormir mais do que o normal é logo uma espécie de alerta geral. Mas, até agora, nada de grave se manifestou. Ontem, depois de acordar para lá da hora habitual, dom Martim apresentou-se à nação com umas borbulhinhas estranhas nos braços e nas pernas. Não tinha febre, mas estava muito quente e um bocado molenga - coisa estranha neste miúdo. Decidimos não partir naquela estrada para lado nenhum, muito menos para a praia e para longe daqui e como somos uns grandes malucos e não sabemos o que é estar quietos em casa, toca de pôr tudo em estado de sítio: mudanças. Trocámos de quarto, mudámos móveis de um lado para outro, restaurámos uma mesa velhinha que ficou linda em decapé e tons de azul (as habilidades do meu homem), eliminámos o canto de brinquedos dos miúdos (que nunca brincavam ali, porque arrastam tudo para a sala) e fizemos um espaço para leitura e trabalho que é agora o meu sítio favorito cá em casa. Ficou mesmo giro, todo em tons pastel, como gosto!
O dia em casa não é dia sem os petiscos do meu senhor. Ontem atirámo-nos de cabeça ao famoso gaspacho (sim, somos viciados), a uns deliciosos pimentos padrón e à melhor salada montanhesa do mundo. E a Maria (esta que vos escreve) ficou de folga dos tachos e da loiça. Marido e filho mais velho no comando das operações. Umas jóias de moços.
O final da tarde foi ali para os lados de Belém, com muito rebolanço na relva, bola, bicicletas e triciclo (e dom Martim que teima em não querer o triciclo, mas sim a bicicleta do irmão - armado em muito crescido), um lanche em modo picnic, ver partir os grandes veleiros e acabar a tarde com a minha leitura favorita à sombra de uma das árvores desta Lisboa que amo.