quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Não há como não ser optimista nesta família

No dia em que lhe diagnosticaram diabetes, mais precisamente ontem, o meu pai mandou-me uma mensagem a dizer qualquer coisa como "Filha, agora somos dois a fazer dieta rigorosa. Preciso de umas dicas das tuas. :)"
E quando lhe pergunto porquê, o que disse o médico, responde que as dores que tinha e mais uma série de coisas que o levaram a fazer novos exames, resultaram neste diagnóstico. Sem saber bem o que lhe dizer [sinto-me sempre muito lerda nestas situações, nunca sei o que dizer] e apenas respondendo com um idiota :( o meu pai deu-me mais uma lição de optimismo e força, acrescentando que não há razão para tristeza, apenas para mais uns cuidados extra e que na vida há coisas/situações bem piores, pessoas que vivem problemas de saúde bem mais complicados e que para este há solução, para outros não. "Podia ser muito pior, filha. Estou bem, preciso de ter alguns cuidados, mas estou bem. E vou ficar melhor."
No fim é sempre ele a dar ânimo e alento aos outros quando, ultimamente, estas situações de saúde (ou falta dela) lhe têm acontecido com alguma frequência.
E eu gosto desta forma prática e simples que o meu pai tem de desdramatizar os problemas, encontrando sempre uma solução e olhando sempre para o lado positivo de tudo. Até porque, não retirando a carga de preocupação com que ficámos todos, a verdade é que há doenças bem piores e bem mais complicadas de tratar.
O discurso optimista e a fé de que tudo vai correr bem podem até ter um mero efeito placebo. Mas que ajudam a não baixar os braços e a lutar para viver, em cada dia, um pouco melhor e mais feliz, disso não tenho qualquer dúvida.