quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ai a idade, a idade


Enquanto por aqui anda tudo numa azáfama a combinar o melhor programa de fim de ano, que inclui a roupa mais fashion (e com mais lantejoulas por centímetro de tecido, tipo concurso), o sítio para jantarem, o sítio para se embebedarem (sim, falam nisso como parte do plano), o sítio para verem nascer o sol, o sítio onde vão dormir e não se vão lembrar, e o sítio onde vão aterrar no dia a seguir com uma tremenda dor de cabeça e muitos lamentos sobre a vida, eu sonho acordada com esse mesmo dia e noite, mas abraçada a quem muita falta me faz, com um belo jantar preparado por ele, a alegria dos miúdos misturada com a música, e o som das conversas que nunca acabam. O momento de entrar no novo ano abraçada às pessoas que dão sentido à minha existência.
Este é o meu plano e o único que me faz suspirar de ansiedade e riscar cada um dos dias que faltam até 31.
Também é verdade que nunca fui grande fã (dos habituais excessos) da noite de final de ano, e apesar de adorar dançar e divertir-me, já tive mais paciência para sair à noite. Prefiro cada vez mais preparar um bom jantar em casa, com amigos e conversa até às tantas, ou um programa de filme e sofá, e poder aproveitar melhor os dias, que parecem sempre maiores quando nos habituamos a acordar bem cedo.