O meu filho, que está prestes a completar um ano de vida [lágrima a saltitar no canto do olho], decidiu que é novamente recém-nascido. É verdade.
Vai daí que, de há uma semana para cá, esta-aqui levanta-se sob ordem e comando de Dom Piglet que agarrado às grades da sua king size 'chama' por mim e ordena que lhe faça leite de 3 em 3 horas. Oi? De três em três horas? Sim senhora, nem mais, nem menos. Diz, quem sabe, que piqueno-papuça está num pico de crescimento e que é tudo muuuito normal. O leite continua a ser o seu alimento favorito e parece que ficou viciado no novo que o pediatra nos recomendou. Bebe daquilo cá com uma satisfação! Isso e iogurtes, que é tipo venha a mim o vosso reino, e fruta, que também pode marchar às paletes. Sopa, que é bom, manda o pai comer. Peixe, carne e etcs marcham a custo. E dou por mim a inventar receitas, coisas que ele possa comer e que incluam legumes e afins, para ver se se alimenta melhor, de forma mais variada e saudável. Nada fácil, o miúdo é esquisito e desde que passou por cá a malvada gastroenterite come pior a sopa, o peixe e a carne. Duas ou três colheradas e não quer mais. Resultado prático: come pouco durante o dia e à noite quer leite, leite, leite. E estamos nisto.
O 'giro' é que, mesmo sendo um bocado pisco a comer, me dizem sempre o mesmo "Ah, mas ele está tão gordinho, tão bom, nem parece que come mal". Pois. Pois é. Mas é só bochechas e pernocas, mais nada. É um falso gordo. Que pesa 9 quilos e umas quantas gramas, para 79 cm, e aparenta bem mais. O pediatra continua a assegurar que ele está óptimo, nos percentis normais e que pode estar a passar por uma fase pós doença que o faça rejeitar os alimentos "novos". Mas esta mãe preocupa-se, e muito, que o seu menino se alimente, praticamente, só de leite, iogurtes e fruta.
