quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Das indecisões*

O Martim podia ter ficado lá. Seriam só [?], dizia a minha irmã, 15 dias. Daqui a três semanas voltamos a estar todos juntos e ele ficaria com os avós, a tia e os primos. E sei que ficaria bem, muito bem e que, de tão entretido que ia andar, com tanta atenção, mimo e brincadeiras, provavelmente nem daria pela nossa falta.
Eu tenho mil e trezentas coisas para tratar. Viagens para fazer, planos e projectos que começam, finalmente, a ganhar contornos e que vão implicar, daqui a nada, uma maior disponibilidade e entrega aos mesmos e menos tempo para o meu pequenote. Seria assim uma espécie de transição para o que aí vem. Mas ao mesmo tempo nada suave, porque nem ao fim do dia poderia abraçar, mimar, brincar e adormecer o meu menino...
E mesmo sabendo que me daria "mais jeito" ter os próximos dias com maior liberdade de movimento e maior mobilidade, não consegui deixar o Martim "de férias". Não conseguimos.
Assim vamo-nos dividir, eu e o pai, e fazer tudo como temos feito ao longo destes 11 meses: com ele sempre por perto, fica com o pai, quando eu saio, ou comigo, quando sai o pai. Mas sempre connosco. Para já, e como podemos ainda decidir neste sentido, queremos tê-lo aqui, bem pertinho de nós, o máximo tempo possível.
*do coração de uma Mãe