segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mãe em part-time

O que eu gostava mesmo é que a transição 'mãe-e-só-mãe' para 'creche-8-horas-por-dia' fosse suave. Tipo prestações. Que pudesse levar o Martim durante umas manhãs, ou umas tardes, ou dois dias por semana, e à medida que ele se fosse adaptando [e eu] o número de horas fosse aumentando até chegarmos ao inevitável dia inteiro, todos os dias. Isto num mundo perfeito e de acordo com as necessidades que existem neste momento.
Nenhum dos infantários que visitei, até agora, previa essa possibilidade de meio tempo ou meios dias. Ou o inscrevia a tempo inteiro ou não o aceitavam. E argumentavam que seria muito pior dessa forma parcial, quer para o Martim, quer para mim [e até mesmo para a forma como o infantário iria gerir a relação com o bebé], e que quando o deixasse teria de ser mesmo um corte radical. Confesso que sou rapariga que gosta pouco de cortes radicais, mas rendo-me perante os argumentos de pessoas que se apresentam como credenciadas com mais de 25 anos de educação infantil e provas dadas [referenciadas por outras pessoas], mostradas em diplomas e certificados que nos devem dar alguma segurança e confiança...
A questão é que o meu coração não se rende a nada disto. De forma nenhuma.