segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ontem na CUF Descobertas

Fiquei impressionada com a quantidade de crianças que estavam na urgência. O hospital estava cheio, completamente cheio, as enfermeiras e médicos de serviço eram poucos para atender, [com a urgência que se deseja], tantas crianças. Estivemos horas e horas à espera, entre registo da entrada, triagem feita por uma enfermeira, atendimento por parte da médica, exames, laboratório e novamente atendimento médico e sabemos que era impossível terem sido mais rápidos, mais atenciosos, mais diligentes. Uma pessoa é que desespera até saber o que se passa.
Foi a manhã toda, o almoço e a tarde. Só quase ao final do dia é que saimos de lá. Felizmente o diagnóstico feito ao M. não é grave, apesar de pedir vigilância às muitas pintinhas vermelhas que lhe apareceram no corpo e que se têm alastrado. O exame na 'busca' de uma possível e maldosa bactéria deu negativo [a nossa preocupação era o contágio de escarlatina, que tivesse passado da mana ao Martim], o que quer dizer que há um vírus qualquer que se instalou na garganta do meu pequenote e que lhe causou uma valente infecção, responsável pela falta de apetite, pela ânsia só por coisas frias e frescas, pela vontade de só comer iogurtes e beber imensa água e por alguma irritabilidade repentina.

Eu saí do hospital a respirar de alívio com o facto de não ser nada de grave. Ainda que esteja preocupada com o não-diagnóstico às manchas na pele e o cuidado redobrado que temos de ter com o Martim, dei graças aos céus por não ter visto o meu filho a ficar internado, como vi acontecer com dois bebés que, aparentemente, estavam tão bem, a rir e a correr pela sala de espera, cheios de energia e a terem de ficar no hospital. Vi os pais a ficarem desesperados, agarrados aos seus filhos, e completamente desorientados por não saberem o que é que o seguro de saúde cobre nestas situações. E percebi que, ao fim de semana, não há um número de atendimento que informe sobre estes aspectos mais administrativos [mas não menos importantes]. E naquela hora há que decidir se o bebé fica ali internado ou se o levam para um hospital público.