segunda-feira, 7 de março de 2011

Sempre...

...que a minha irmã me vai levar ao aeroporto armo-me em forte. Repito em discurso mental que não custa nada, que são só [mais] umas semanas, uns meses, e que quando chegar a Lisboa isto passa. Repito em nota mental que não vou chorar, que não vou fazer figuras ali à frente daquela gente toda, e que depois isto passa. Passa sim. Tem de passar.
Armo-me em pedra, em 'nada-me-manda-abaixo' e fico ali, meio estúpida, meio parva. Não, fico completamente estúpida e parva, com o queixo a tremer, um nó na garganta e a olhar para todos os lados, menos para ela. Depois chega o momento do abraço, daquele abraço... e aí é que são elas. Custa muito, custa tanto, e percebo, de forma mais clara, a falta que aquela pessoa me faz. Tanta. [que dói]
Desta vez não chorei. Ali, ao pé dela.
[Tenho de ser forte.]