Há dias em que tenho saudades de voltar a ler os meus livros favoritos. Tenho saudades de algumas passagens que sei de cor, mas que gosto de voltar a ler, de voltar a saborear, e de voltar a interiorizar. Tenho saudades de frases que li, de experiências que imaginei, de imagens que me transportaram para algum lugar novo, e de personagens que dá vontade de ser.
Hoje apeteceu-me voltar a ler "não te deixarei morrer, David Crockett", um daqueles livros que fazem parte de uma parte de mim.
E devo dizer, em abono da verdade, que não gosto muito do Miguel Sousa Tavares [uma questão de pele com algumas das suas opiniões], mas gosto do que escreve, como escreve e como descreve. Fiquei fã de livros como "Equador", "Rio das Flores", "Sul" e este que reli hoje, e que me acompanha sempre.
A verdade é que há dias assim, passados com livros de ontem. Dias de introspecção e de silêncio. Daquele que não dói, daquele que é cúmplice e que nos ajuda a entender tantos 'porquês'.
