Eu, um dia, tive uma mala normal. Quer dizer, normal normal, não sei, porque sempre foi mais tipo sport billy, quanto maior melhor e onde caiba tudo e mais alguma coisa, quase uma lista de supermercado em final de mês: porta moedas, porta documentos, batons (cieiro e gloss), creme para as mãos, perfume, agenda, lenços de papel, pastilhas, uma lima, o Ipod, o auricular, uma garrafa de água, uma barra de cereais, o telemóvel, os imprescindíveis e gigantes óculos de sol, uma bolsinha com linha e agulhas, ganchos e elásticos, outra bolsinha com maquilhagem, outra bolsinha com uma mini-farmácia, canetas e post-its e a minha inseparável Moleskine.
Depois de 8 de Setembro acresce a esta parafernália as tolhitas dodots, rocas, livros de tecido, bonecada a rodos, caixa de chuchas e tudo o que não cabe no saco de Dom Martim e vem parar à minha mala.
Assim sendo, e mesmo que não gostasse [mas gosto, muito] as minhas malas têm de ser sempre oversized. Muito mais oversized do que a da imagem. Que é linda e eu adoro [a cor, aquela cor], mas muito pequena para a tonelada de coisas que carrego todos os dias. E já tentei reduzir, tirar coisas, mas acabo sempre por achar que me vão fazer falta. Pancas, fazer o quê.