6 meses de mãe, 6 meses de mim. Já passou meio ano desde aquele dia. Tenho ainda tanto caminho pela frente, tanta coisa para ser e aprender. Às vezes tenho medo, outras tenho coragem, tenho outras ainda, em que choro de preocupação antecipada. Às vezes sinto-me triste, muitas vezes sou feliz. Às vezes tenho saudades de muitas coisas do antes [todas as coisas que fazemos quando não temos bebés, preocupações com bebés, tempo 300% dedicado a bebés - coisas que deixamos de fazer, abdicamos por, em prol de, por amor a, porque sim, só porque sim e porque é o que nos faz sentido no momento, no agora. mas não deixamos de ter saudades. eu tenho e admito que há coisas, do antes, que sinto falta].
Na maioria dos dias sorrio de felicidade com o agora. Gosto deste meu novo papel, desta nova missão, de ser chamada de Mãe, aqui e ali. Gosto do sorriso do Martim, que me reconhece ao longe. Sou viciada no cheirinho da pele deste pequeno pedaço de mim. Vivo embevecida. A verdade é esta. E acordo [muitas vezes] feliz e plena com o tanto que a vida me trouxe. Gosto desta certeza de que o Martim veio para me fazer ver o mundo de outra forma. De questionar, de pôr em causa, de ceder, de agradecer.
Sou grata. Sou mãe galinha. Sou frágil. Também tenho os meus dias-não, os meus dias assim-assim e os meus dias da treta.
Há dias em que me acho do mais parvo que há, quando ando no limbo entre tantas dúvidas, medos e ansiedades. Quando não sei se fiz bem, se faço bem, se está tudo bem. Procuro tantas vezes a perfeição, que se torna desgastante. Quero ser a mãe perfeita, consciente de que a perfeição não existe. Dou o meu melhor, todos os dias; procuro, leio, pergunto, pesquiso, tento, tento, tento. E tento equilibrar tudo: maternidade, casamento, profissão, família, amigos, casa, vida social... Não dá para tudo. O tempo não deixa, o cansaço também não.
Sou grata. Sou mãe galinha. Sou frágil. Também tenho os meus dias-não, os meus dias assim-assim e os meus dias da treta.
Há dias em que me acho do mais parvo que há, quando ando no limbo entre tantas dúvidas, medos e ansiedades. Quando não sei se fiz bem, se faço bem, se está tudo bem. Procuro tantas vezes a perfeição, que se torna desgastante. Quero ser a mãe perfeita, consciente de que a perfeição não existe. Dou o meu melhor, todos os dias; procuro, leio, pergunto, pesquiso, tento, tento, tento. E tento equilibrar tudo: maternidade, casamento, profissão, família, amigos, casa, vida social... Não dá para tudo. O tempo não deixa, o cansaço também não.
Se sou feliz? Sinto que sim. Que tenho muitos dias em que sou muito feliz. E isso, por agora, basta-me.