"Dona Ermelinda, agradeço a sua boa vontade, mas nem pensar. Desculpe mas não. A sua sobrinha pode ser muito boa pessoa, muito boa profissional, mas é mulher. E eu decidi que nunca mais vou contratar mulheres para o meu estabelecimento. As mulheres têm o período, são conflituosas e, pior, têm filhos, passam a vida a faltar por causa da febre dos filhos, dos dentes dos filhos, dos sarampos dos filhos, e de tudo e mais alguma coisa das criancinhas. Não, jurei para nunca mais. Agora só contrato homens e vou logo avisando que não quero cá desculpas amaricadas para faltarem ao trabalho. Isso é coisa de mulheres."
Ah, - dizem vocês -, mas essa é só a opinião desse [grande urso] senhor e toda a gente sabe que há uns tantos machistas (e parvos) por aí. Mas olhe que não, olhe que não. Podia ser só a opinião de um borra-botas qualquer, proprietário de um café qualquer, mas parece que há umas quantas empresas a pensar o mesmo. Está escrito aqui nesta notícia, e não deixa mentir.
Chamem-me bambi, digam que acordei agora 'právida' e que só estou sensível a estes temas porque fui mãe. Pode ser isso tudo e mais alguma coisa. Não deixa é de ser uma realidade triste e revoltante.
Chamem-me bambi, digam que acordei agora 'právida' e que só estou sensível a estes temas porque fui mãe. Pode ser isso tudo e mais alguma coisa. Não deixa é de ser uma realidade triste e revoltante.