À conta de duas (ou três) clementinas apanhei "o" susto. Estava tudo muito bem, tudo na paz, hora do sossego, Martim pronto para a mamada da noite, pai e eu prontos para o nosso momento de paz e amor e eis senão que o nosso pequenino piglet é acometido do maior ataque de cólicas da história. Choro e mais choro, vermelho de tanto chorar e fazer força, massagens na barriga, vira de barriga para baixo, tenta a posição que ele mais gosta, ginástica com as pernocas, beijinhos e mimos, "pronto, bebé, pronto, já passsou", e nada. Despe daqui, vira dali, tira a fralda, "deixa-o estar, ele gosta de estar assim", e nada, Martim a chorar de uma forma que nunca tinhamos visto, ouvido, sentido. De seguida toma lá um vómito do leite todo que bebeu, tira o body e, susto, o peito todo cheio de borbulhinhas mínimas, muito vermelho e muito pânico na cara desta mãe. Liga para a linha de apoio, mil perguntas, ah e tal não deve ser nada, o que é que a mãe comeu de diferente que possa ter afectado o leite (as p**** das clementinas) e o bebé fez cocó (NÃO) e vomitou e bolsou e tem febre e não sei quê mais, espere até amanhã para ver se as borbulhas passam. Não deve ser nada. Se sentir alguma alteração volte a ligar.
E não foi nada, felizmente. Nós é que apanhámos um grande susto, uma camada de nervos e um imenso nó na garganta por vê-lo chorar assim, soluçar, sofrer. "E vais vê-lo chorar assim muito mais vezes e vais vê-lo soluçar assim muito mais vezes...", e vou ter síncopes em cada ataque de choro compulsivo.