terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sou só eu a picuinhas de serviço?

Sou rapariga para não achar muita piada às pessoas que vão para o cinema conversar. E para as pessoas que passam o filme a trocar sms e nós a levarmos com a luz do bicho. E para as pessoas que falam ao telemóvel loud and clear. E  para as pessoas que ruminam [que é bem diferente de mastigar] pipocas, que sugam pela palhinha a bela da coca-cola, produzindo um barulho semelhante ao do ralo do lava-loiça quando a água está prestes a desaparecer.
E ainda mais espécie me faz a cena a que assisti no ECI , em que duas amigas falavam em amena cavaqueira sobre os problemas que uma delas estava a ter com o marido...

Mas, rapariga, isso sucedeu quando?  No intervalo do filme? Nas apresentações? No fim do filme? Perguntam vocês, curiosos leitores. E eu respondo: em pleno filme, Pessoas, em pleno filme. E , pasmem-se, ainda olhavam incrédulas à volta, como quem diz "mas as pessoas estão a olhar para nós porquê?".
Olhe, minha boa amiga, por nada. Só porque isto é o cinema e não a praça de touros ou o cabeleireiro!