sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sim, eu concordo convosco

E também acho que devemos ter muito tacto e muito cuidado com o que dizemos numa situação como esta. Ou com o que não dizemos, porque tantas vezes somos "presos por ter cão e presos por não ter".
Custa-me saber a paixão gigante que ela tem por ele, os planos que anda a fazer para o casamento, anos e anos de namoro e depois perceber que só ela vive dentro deste "castelo".
Sei que posso parecer naif, mas continuo a não entender porque é que os homens [e as mulheres] quando deixam de amar a pessoa com quem vivem, com quem partilham a vida, porque se apaixonam por outra pessoa, porque já não acreditam na relação que têm, não são francos e sinceros e seguem o novo caminho.
Depois, quando eu digo isto, há quem me confronte com uma realidade que eu tenho dificuldade em entender, logo em aceitar: dizem que há homens [e mulheres] que conseguem amar mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Que têm com uma, a oficial, digamos assim, uma relação estável, segura, tranquila, de equilíbrio. E com outra [ou outras] a aventura, a adrenalina, o sabor do desconhecido, do que é perigoso, que lhes faz tanta falta para se sentirem preenchidos e, consequentemente, felizes. Será? Será que conseguem ser felizes assim? Tenho as minhas sérias dúvidas.

Chamem-me o que quiserem, quadrada, bota de elástico, parada em 1934, o que quiserem, mas para mim isto não é Amor. Isto não é cumplicidade, isto não é respeito, isto não é lealdade, isto não é nada. É uma forma que algumas pessoas encontraram de tapar o sol com a peneira e de dar um outro nome e uma outra definição, ao conceito de traição, de mentira, de infidelidade, de falta de respeito pelo outro, de egoísmo e muito egocentrismo à mistura.