quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Da partilha, aqui e ali, onde quero e bem me apetece

A propósito deste post, um anónimo escreveu o seguinte:
"Tens muita necessidade de partilhar isso com o Mundo, porquê? Tens medo que isso um dia acabe e pode ser mais cedo do que pensas." IP Vodafone

Tem razão. Realmente tenho necessidade de partilhar aquilo que considero mais importante na minha vida. E tenho medo de o perder. Tenho. Não tenho vergonha de o dizer.

Não o fazer, significaria não lhe dar a importância que merece. Significaria que era só mais uma coisa na minha vida. Como comer, escovar os dentes, ir às compras. Isso sim, certamente faria com que se acabasse e se perdesse, muito mais cedo do que eu desejo.

Quando amo, digo que amo, quando gosto, digo que gosto e quero que o saibam. Sem vergonhas ou receios. Partilho o que tenho, de bom e de mau, frontal e abertamente. Porque a vida, e umas perdas pelo caminho, ensinaram-me a ter algum medo em relação ao que é importante, algum receio que aconteça algo de mau aqueles que amo e não ter tido tempo de lhes dizer como são pilares importantes na minha vida. A esses, digo-lhes o que me vai na alma e no coração, sempre, em qualquer lugar, em qualquer momento.

É por acreditar que a partilha do que sentimos deve ser feita de uma forma espontânea, diária e renovada, que o faço. E por acreditar, também, que o inverso é que leva tantas e tantas relações a um fim que ninguém acreditava possível. É a velha questão de dar Pessoas e Amores como garantidos, não manifestando em cada dia aquilo que se sente ["tu já sabes que gosto de ti/ tu sabes que te amo, não preciso de o dizer todos os dias"...] E não me refiro apenas ao Amor de uma vida, mas aos filhos, aos amigos, à família e a todas as pessoas que são verdadeiramente importantes para nós.

"Nunca deixem nada por dizer, nada por fazer", foi o que disse o António Feio por aqui.

É mais ou menos isso que procuro fazer em cada dia. E faço-o. Por aqui e por lá. Em todos os momentos que acho importante fazê-lo, com todos os mimos que acredito serem um pouco do sal da vida das pessoas que mais amo no mundo, em relação às quais, reconheço mais uma vez, tenho o maior medo de todos: perdê-las.