sexta-feira, 30 de julho de 2010

A verdadeira treta continua. Mas agora sem ti, meu querido António Feio

As pessoas que admiramos de uma forma que não conseguimos explicar em palavras, nunca deviam morrer. Este é um desaparecimento pesado, custa tanto saber que não vou voltar a rir com as piadas, os trocadilhos, a energia e o positivismo do António.
Eu acho que é sempre cedo demais para morrer. Aos 55 ainda há tanto para ver, para dar de nós, para sentir e para sonhar.
Mas, por mais infantil que isto possa soar, eu também acho que o Tóni não morreu. Ausentou-se fisicamente, mas vai estar entre nós, nas nossas memórias e nas melhores recordações que temos dele. Sim, eu tenho muita dificuldade em lidar com a morte. Muita mesmo. Não por ter medo, mas por não saber o que vem a seguir, o que é que acontece depois disto tudo. "Isto" tudo não pode acabar assim, não faz sentido.

A última mensagem do António, doce e sereno, feita para o filme Contraluz, diz tanto acerca deste homem. E é tão sentida e faz pensar tanto que não conseguimos (eu não consegui) evitar uma lágrima.