quarta-feira, 26 de maio de 2010

Por falar em Sex and The City, em tudo muito pink, em estar apaixonada e coisas que tal

Uma amiga minha diz que as pessoas escrevem melhor, de forma mais inspirada, quando estão a passar por um desgosto de amor, quando andam a carpir mágoas ou, simplesmente, ainda não encontraram o special one e sonham com um [quem sonha, porque há quem viva bem sem ter namorado/marido/ou coisa que o valha]. Diz que as apaixonadas e lamechas [como eu...] são chatas e repetitivas [sim, ela critica-me sem apelo nem agravo, por ser tão pink] e só falam do amor e do amor e do amor e que as não-apaixonadas, solteiras, que sofreram imensos desgostos de amor e que criticam muito os homens, são as que escrevem melhor. As que ela gosta mais de ler, pelo menos.

Sem discutir muito com ela [até porque a minha querida M. passou por isto], eu discordo. Acho que a inspiração nada tem que ver com desgostos ou paixões, mas com momentos e com a intensidade com que nos envolvemos nesses momentos. E acho que há fases em que as pessoas escrevem coisas mais interessantes e outras nada interessantes. Acredito que quem tem um blogue, por exemplo, já passou por esta sensação de não escrever nada de jeito num determinado momento e noutro ter vontade de escrever mil e uma coisas interessantes [sempre na óptica de quem escreve, pois claro].

Não gosto nada desta coisa dos rótulos. Nem de pensar que o Amor [suspiro] nos pode tornar chatos e enfadonhos. Até porque eu acho que as pessoas, quando estão apaixonadas, ganham um brilho diferente no olhar, um sorriso sempre aberto e ficam até mais bonitas.
É verdade que já me aconteceu achar que determinado autor (bloguer) já escreveu coisas mais giras, mas não atribuo tal falta de inspiração (ou temas) ao facto de estar apaixonado ou "desapaixonado". Às vezes também é uma questão de tempo e de prioridades.
Bem, mas isto sou eu... que, só por acaso, sou uma mulher apaixonada. A minha amiga nem por isso. Mas vive bem assim, como está. E eu também.