
Eu já me apaixonei pelas pessoas erradas. Não uma, mas umas quantas. Eu já cometi erros estúpidos porque estava apaixonada por um idiota. Eu já me apaixonei por um traste e eu já caminhei na direcção do precipício mais alto, feliz por saber que me ia atirar de cabeça, e burra por não ter percebido que o salto era sem rede.
Quem é perfeito, perfeitinho, de uma perfeição contagiante, que se chegue à frente, aqui à caixa dos comentários, e me diga (e à minha amiga M., que hoje foi quase linchada pelas colegas de trabalho, porque insiste em querer ir viver com um homem que todas intuem ser um cabrãozolas... porque é demasiado bonito, porque já teve 100 namoradas, porque desconfiam dele, porque sim e porque não) como é que faz, qual a estratégia, o truque, a dica, o radar, o GPS que devemos seguir para termos a certeza (absoluta) que o caminho que estamos a seguir é o certo ou o errado.
Juro que daria um prémio a quem soubesse a fórmula, a poção certa, para esta coisa do amor ser uma perfeição. Ser sempre 100% de segurança e certeza e sem dúvidas. Para mim, não há fórmula certa, equação perfeita que resulte e pozinhos mágicos que nos iluminem para fazer sempre tudo direitinho. Há o risco, há a intuição, há a vontade de fazer as coisas certas, de fazer acontecer o que sonhámos, de trabalhar, de construir, de ajudar, de contornar, de lutar e de amar muito e com a certeza que tanto pode dar certo, muito certo, como errado. So what? A vida é isso mesmo e eu continuo a achar que no amor, tal como na vida, não há cá certos, nem errados, há que viver em pleno o que se sente e seguir o coração.
Sem dramas, sem medos, sem ilusões, sem achar que o "...lived happily ever after" acontece na vida real como nos filmes.