Uma pessoa que me é próxima apaixonou-se por um gay. E diz que vai conseguir convertê-lo em heterossexual. Perguntou-me se acreditava ser possível. E eu, mesmo sabendo que ela está perdidamente apaixonada e que iria ficar triste, disse-lhe que não. Simplesmente porque não acredito. Acho possível e até conheço casos assim, heterossexuais tornarem-se gays, mas não conheço um único gay que se tenha apaixonado por uma mulher e se tenha tornado heterossexual.
E ela está decidida, mesmo que todos os sinais apontem para que o rapaz tenha (apenas) por ela uma admiração gigante, que adore a sua companhia, as conversas que têm e os programas que fazem juntos. Mais ou menos como acontece neste filme. Acredito que para ele não passe disto. Já teve vários namorados e passa agora por uma fase de celibato voluntário, após um grande desgosto de amor.
Se eu acredito em impossíveis? Alguns, alguns. Mas este não me parece o caso. Parece-me mais aquela tendência que temos, quando estamos apaixonados, para não ver a realidade como ela é. Mesmo que esteja a poucos metros dos nossos olhos.
