segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Portugalidade, ou não

Confesso que me causa alguma confusão ouvir pessoas que estão emigradas dizerem mal de Portugal. É tudo mau, nada presta e aqui (no país onde agora vivem) é que é bom. Parece que a partir do momento em que deixam de viver no nosso país passam a adorar, venerar, o país para onde se mudaram. Acho bem que admirem outra cultura, outra organização, outra forma de estar e outra forma de prestar serviços. E se todos sabemos que Portugal tem os seus quês, as suas desorganizações, as suas lentidões, as suas disfunções e as suas assincronias, também sabemos que nos outros países elas existem. Sem excepção.
Tal como não há pessoas perfeitas, não há países perfeitos. E eu posso ser muito sentimentalona e lamechas e estar a morrer de saudades de Portugal, mas custa-me sempre um bocadinho ouvir e ler tanto mal de Portugal, vindo de um português (e depois ainda se admiram de uma tal Maitê fazer um vídeo a satirizar, quando são os próprios portugueses (alguns) a arrasar Portugal...).
E desculpem se exagero, mas sinto uma espécie de vergonha de quem fala assim do país onde nasceu. Seja ele qual for.