quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Diário de bordo da vida de uma hérnia (bitch) discal

O cúmulo da mariquice é não conseguir, de forma nenhuma, fazer um TAC. É sofrer horrores por ser claustrofóbica e nenhuma das assistentes entender o que é isso. É ter de explicar em francês que me faltava o ar e que não ia conseguir. É ver o ar de "deves estar a gozar comigo, pá!" das simpáticas e nada bestas assistentes a bufar e a dizer "vê lá se te decides se fazes ou não porque há mais gente com hérnias discais na fila". É estar quinze minutos deitada, nua, tapada com uma manta mais fina que uma folha de papel, entrar e sair tipo cinco vezes do dito aparelho a brincar ao jogo do gato e do rato. Ouvir uns barulhos ensurdecedores e desistir por achar que vou ter uma síncope.
Eu sou exagerada. Sou. Mas desta vez exagerei mais do que o normal. E vou ter de lá voltar. E não quero. E dizem que me vão dar calmantes. E eu não quero. E andamos nisto. Dores terríveis, uma p... de uma hérnia que ouviu falar em alpes, neve e chocolate quente e decidiu instalar-se com todas as mordomias. E uma mariquinhas (eu) que morre de medo de ter um ataque de pânico a meio do exame. Que, by the way, dizem que dura trinta e cinco turtuosos minutos. Alguém merece?