Pois não sei se o povo e a sua sabedoria popular tem razão. O que sei é que, não tendo nada contra o casamento, muitas vezes dou por mim a pensar se este será ou não o primeiro passo para o divórcio. As histórias de amigos e amigas divorciados já são banais. Uns que namoraram séculos e depois de 1 ano de casados se divorciaram. Outros que ao fim de uns meses de namoro casaram e se divorciaram na lua de mel... e muitas outras que devem ser tão comuns a amigos de outros amigos que, apesar de não deixarem de ser tristes, já não surpreendem ninguém.
Já disse um dia algures por aqui, que tenho em casa o melhor exemplo do mundo. Anos e anos de cumplicidade, anos e anos de mão dada em todos os momentos da vida.
Mas apesar de acreditar que o exemplo que tenho em casa é uma inspiração para mim, não deixo de ter um pé atrás quando me falam de casamento, papéis, bens, partilhas de coisas (não de sentimentos e momentos e dias de sol e de algumas nuvens) e de tudo o que me faz pensar que este para sempre que se ouve dentro de uma igreja ou de uma conservatória ou até à beira mar proferido por alguém com poderes (legais) para o fazer, seja o para sempre que procuro e anseio.
O "meu" para toda a vida é um acto de fé. E a fé não se vê, sente-se. Não precisa de papéis, mas sim de um mundo de partículas feitas de amor e de cumplicidade que lei nenhuma pode em tempo algum reger, gerir, comprometer ou fazer cair. Vai além de tudo o que os sentidos possam ver: o essencial.