quinta-feira, 16 de julho de 2009

O que as mulheres querem*

Eu sou romântica, ah pois sou. Gosto de mãos dadas, de beijos sob as estrelas, passeios na praia no inverno, flores com cartões cheios de suspiros, fins de semana não planeados, viagens surpresa, amores eternos, risos cúmplices e paixões que duram uma vida inteira. E com a mesma intensidade em que acredito na paixão e no poder que ela tem de nos deixar sem ar, de nos deixar a flutuar num céu de borboletas e com sentido de missão por querermos mudar o mundo e pintá-lo de amarelo-alegria, acredito na profundidade do amor, da cumplicidade e na generosidade da partilha de tudo o que nos faz felizes.
Lamechices à parte, e depois de ouvir hoje que as mulheres têm assumido de forma crescente um comportamento masculino porque são sexualmente agressivas e apenas querem satisfazer os seus desejos, confesso que fiquei com mixed feelings e achei que estavam a falar de acompanhantes de luxo ou Julias Roberts no Pretty Woman. Concordo que as mulheres são, cada vez mais, independentes e que assumem papéis que em tempos apenas pertenciam aos homens. Concordo que se reservam, cada vez mais, nos relacionamentos e que o nível de exigência foi aumentando. Mas não concordo que a mudança de atitude da mulher em relação ao sexo a tenha tornado mais infiel que o homem. No limite aceito que seja tão infiel como o homem.
Não concordo que a mulher do século XXI esteja determinada em provar que é tão boa ou melhor que o homem, seja em que área for. É uma versão demasiado femininista. Nem 8 nem 80.
Acredito que a postura da mulher, hoje, seja uma evolução natural que apenas mostra o que as mulheres realmente são e o que elas querem. E que hoje se mostram muito mais atentas às rasteiras que lhes tentam pregar. E as mulheres (de fibra) não caem em nada, ou quase nada, porque sabem fazer saltos mortais. Com destreza e um grande sorriso.
* - dito por eles, pois claro.