segunda-feira, 22 de junho de 2009

Vale tudo

O caminho de recuperação de uma auto-estima estilhaçada é longo. É sinuoso, é armadilhado e no meio é possível perder a fé. Em nós próprios. Quantas de nós já nos sentimos mal, mal o suficiente para achar que quando as coisas não dão certo a culpa é nossa, porque alguém nos rejeitou, alguém nos fez sentir menos, alguém nos maltratou psicologicamente com jogos do gato e do rato, jogos de amor e de ódio, jogos que nunca, em situação alguma, deviam existir naquele lugar chamado amor. Das coisas que mais perplexidade me causa em algumas relações, a violência física e psicológica surge a encabeçar um top de hits que de melodia nada têm. É que eu, e sei que tantos como eu, não consigo entender o que pode levar alguém a agredir física e psicologicamente a pessoa que, supostamente (diria mesmo: de forma alguma) amam. Expliquem como quiserem, mas isto eu não consigo entender, nem aceitar. E mais do que pena das pessoas (as vítimas) que, com as suas razões, lidam e vão perdoando estes ladrões de paz, de auto-estima, de amor próprio e de coerência, sinto uma enorme repulsa por quem é capaz de iniciar este jogo de manipulação e cobardia. É que este é um jogo mais bárbaro e acéfalo do que o "Vale tudo".