quinta-feira, 7 de maio de 2009

As trelas invisíveis

E eu pergunto:
mas qual é o problema de uma mulher, que namora há 4 anos com um homem, com quem vai casar e blá blá blá, ir sem ele a um jantar só de mulheres e "deixar" o namorado ir a um jantar só de homens? Qual é o conceito de posse que vive dentro de muitas de nós (e muitos deles), que faz com que quando se tem uma relação, seja ela de namoro, casamento, assim-assim ou mais-ou-menos, as pessoas deixem de poder fazer programas só com as amigas ou só com os amigos?
A resposta/comentário de uma colega minha ao programa que estavamos hoje a combinar (um jantar de mulheres) foi:
"... ai eu não vou sem o Zé e nem o Zé vai sem mim a lado nenhum. Foi um trato que fizemos logo no início da relação para não haver problemas. Onde vai um, vai outro. E resulta". Trato... e resulta... certo...
E eu, que me incluo naquela maioria de pessoas que prefere conceito de partilha ao de posse, pergunto: mas afinal o que é o amor para esta gente? Uma trela que se põe no início da relação e que se tira quando ela termina porque nenhum dos dois aguenta mais a mesmice de fazer tudo juntos e viver com medo de dar um passo sem a namorada porque ela se pode zangar (e vice versa)?
Há coisas que me ultrapassam. Ponto.