terça-feira, 3 de março de 2009

A forma exacerbada como não gosto de Darwin (e do meu lado lunar... hoje)

Dizia o "pequeno" Darwin que a Terra não sustenta todo e qualquer indivíduo (ainda bem...), mas apenas aqueles que se adaptam e vencem a competição por comida e abrigo, estão aptos para sobreviver. Dei por mim a pensar no tipo de pessoas/espécies com quem já trabalhei e consigo identificar dois perfis (há mais, mas estes são os mais antagónicos): Espécie A: pessoas muito bem formadas, bem-educadas, generosas, as chamadas boas pessoas, mas pouco competentes, ou melhor competentes q.b. Aquelas que estão sempre de bem com a vida, que estão sempre disponíveis para ajudar, que contam os episódios mais engraçados das suas vidas, que organizam jantares e saídas com os colegas de trabalho, que cumprem com as suas funções, mas que se ficam pelo bom, não têm a ambição de chegar ao excelente. Espécie B: pessoas nada bem formadas, a raiar o mal-educado (antipáticas, sisudas, mal cumprimentam, não olham nos olhos, nunca se disponibilizam para ajudar, não partilham objectivos, nem conquistas), as chamadas bestas, mas, pasme-se, muito competentes, tecnicamente muito bons, com os melhores resultados e (claro!) com os melhores montantes na conta no fim de cada mês. Segundo a teoria de Darwin quem se vai safar melhor sempre? Óbvio, os da espécie B, e porquê? São os chamados espertos (inteligentes, gritariam outras pessoas) e para quem os fins justificam os meios, cá está, na competição por comida e abrigo. Pois. Não acho isto nada justo e ontem falava com uma amiga que está a passar por uma situação destas e que está a ver a vida dela a andar para trás porque não joga com as mesmas armas da colega adepta da teoria de Darwin. Eu sei como resolvia isto, bem resolvido. Esperava por ela um dia, fora do local de trabalho e tínhamos uma conversinha bem elucidativa de como ela poderia ter, vá, umas pequenas chatices caso-não-parasse-de-me-tentar-lixar-para-ser-promovida e ainda lhe dava uma sugestão: "Olha, em vez que me andares a preparar armadilhas e a falar mal de mim feita cabra, porque é que não dormes com o chefe e arrumas de vez o assunto? Hã? É boa ideia não é? E assim ficamos todos felizes, tu continuas a ser uma cabra e és promovida, eu continuo com o meu trabalho e a consciência tranquila e o chefe… bem o chefe é o chefe".
Mas eu continuo baralhada com este Darwin, afinal onde é que entra aqui a selecção natural da espécie? Essa selecção não devia ser feita de acordo com os princípios e valores ditos decentes?
Bambi me, I know. Humpf.