Regra geral as terças feiras são dias especiais. E especiais porquê, oiço perguntar? Será que é dia de compras? Nop, nem por isso. Será que é dia de ir passear? Nop, nem por isso. Será que é dia de me sair o Euromilhões (aquele-jogo-de-cruzes-e-estrelas-em-que-eu-não-jogo)? Nop, nem por isso. Será que é dia de date? Nop, nem por isso e longe disso. Mau, então é dia de quê?
Bem, rapaziada, é um dia muito delicado, em que tenho de me preparar psicologicamente, e controlar os níveis de ansiedade, para ligar a TV às 21h50, no canal FoxLife e assistir a mais um episódio da minha série de eleição onde este miúdo esbanja/desfila/distribui... como dizer, charme, vá, é isso (tá bom assim, não quero arritmias, nem taquicardias).
E quando o episódio acaba penso sempre o mesmo, de mim para comim: ehpá, eu não sou cá de coisas, mas gostava mesmo de me cruzar com um Kirbyzinho assim na minha vida (mas mais pró moreno, que o meu santo não se cruza muito com loiros).
E, vai daí, olho para cima (por acaso é para o tecto da minha sala) e peço ao Universo (esse fdp, como diz a Bad) que, de uma vez por todas, me faça uma vontadinha, só uma, tá? (vá duas, a contar com o Euromilhões). Mas bem feitinha desta vez, cappicce?
E pronto, de modos que vamos aguardar que eu acorde deste estado de hipnose profundo, que apareça por aqui o Houdini (versão giro, já agora) e que me faça voltar à minha vidinha normal, aceitando, embora contrariada, que não há Kirbyzinhos por aí a dar sopa e quando os há, das duas uma: ou já estão entregues ao seu destino, ou são gay...
humpf, life sucks!
