quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Quando escolho, sorrio

O destino também é um relacionamento - um jogo entre a graça divina e a perseverança pessoal. Metade escapa ao nosso controlo, a outra metade está inteiramente nas nossas mãos e as nossas acções mostrarão resultados em consonância. O homem não é inteiramente uma marioneta na mão dos deuses, nem é inteiramente o comandante do seu próprio destino; é um bocadinho dos dois.
Galopamos ao longo da vida como artistas de circo equilibrados em dois cavalos lado a lado - um pé sobre o cavalo chamado destino, o outro sobre o cavalo chamado livre arbítrio. E aquilo que temos de equilibrar todos os dias é qual dos cavalos está em causa, com qual deles posso deixar de me preocupar porque não está sob o meu controlo e qual precisa que eu o guie com esforço e concentração.
Há tantas coisas no meu destino que não posso controlar, mas há tantas outras que estão sob a minha alçada... e é sobre estas que luto, todos os dias. Posso escolher com quem quero estar, quando quero estar e se quero estar, posso seleccionar o que leio, o que oiço, o que vejo, posso escolher a forma como vou reagir às circunstâncias menos felizes da minha vida, decidindo se vou ter muita pena de mim mesma, ou reagir de forma optimista, posso escolher as minhas palavras e o tom de voz em que falo com os outros e, acima de tudo, posso escolher os meus pensamentos.
(...)
A escolha é o desafio mais complexo com que nos deparamos todos os dias, mais do que muitas vezes pensamos. Tudo o que fazemos, em cada minuto, são as escolhas que vão ditar o nosso caminho... já fiz muitas escolhas boas, que me proporcionaram momentos de grande felicidade, e escolhas muito más, que me fizeram chorar e sofrer dias a fio. Mas de todas retirei o melhor: a certeza de que vivi!